sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Lindolfo Zimmer: Um canoinhense na presidência da COPEL

CANOINHENSES com orgulho

Um canoinhense na presidência da COPEL

Quem em 1955 recebia das mãos de Lindolfo Zimmer, então com 12 anos, a edição sabática do Correio do Norte, dificilmente imaginaria que aquele menino franzino chegaria tão longe.

Depois de uma carreira marcada por grandes êxitos e uma formação exemplar, o canoinhense acaba de assumir a presidência da Companhia Paranaense de Energia (COPEL, equivalente a CELESC) e vai comandar mais de 9 mil funcionários espalhados pelo Estado paranaense. “É a maior empresa de energia do Sul do País”, conta com orgulho.

Hoje, aos 67 anos, Lindolfo olha para sua tragetória com satisfação e demonstra muito orgulho por suas origens.

ORIGEM
Lindolfo conta que tanto a família paterna quanto a materna (Zimmer e Köhler, respectivamente), vieram da Alemanha em 1889, conseqüência da revolução industrial na Europa. Estabeleceram-se na região de São Bento do Sul e Rio Negrinho. Depois vieram para Canoinhas. O pai, Luiz Zimmer, nasceu em São Bento, e a mãe, Helena Köehler, em Marcílio Dias.
Igreja Matriz; Obra de Arte (madeira) em Frente Paço Municipal; Vista da cidade; Autores obra arte

Lindolfo nasceu em Canoinhas e morou na rua Vidal Ramos até os 7 anos, quando o pai faleceu. Passaram-se então anos difíceis.
Aos 12 anos, Lindolfo, que acalentava o sonho de estudar engenharia, começou a trabalhar como aprendiz no jornal Correio do Norte. Na época o jornal funcionava junto com uma papelaria, ambos comandados por Ithass Seleme, já falecido. “Entregava o jornal aos sábados em parte da cidade. A outra parte era entregue pelo Frank, outro menino da mesma idade que também fazia esse serviço”, conta.
Durante a semana, os meninos faziam meio expediente na impressora, normalmente a tarde, já que pela manhã freqüentavam o ginásio no Colégio Santa Cruz, então sob responsabilidade dos irmãos maristas. “Nosso principal mestre no CN era o encarregado da produção, Douglas Benkendorf”, recorda.
Prefeitura Municipal de Canoinhas; Doces e Fricotes; Col. Estadual Sta Cruz de Canoinhas (antigo Colegio Marista Santa Cruz); Universidade do Contestado - Campus Canoinhas (SC)

Lindolfo se lembra como hoje do dia que mudou sua vida. “Numa tarde de 1957, recebemos a visita do Irmão Geraldo Luiz, na época, diretor do colégio marista. Conversou um pouco e me perguntou o que eu gostaria de fazer no futuro. Disse-lhe que gostaria de ir para Curitiba me preparar para estudar engenharia. Ele perguntou se eu tinha onde ficar em Curitiba, e eu disse que não e que algumas tentativas haviam falhado. Ele perguntou se eu aceitaria trabalhar num colégio marista de internos em troca do estudo e estadia. A resposta foi imediata: “Sim”.
No final de 1957, Lindolfo embarcou de mala e cuia para Curitiba. Apresentado ao diretor do internato paranaense, o estudo equivalente ao “científico” ficou garantido.
Passados três anos, Lindolfo passou nos vestibulares de Engenharia e Economia.
Depois de colar grau, prestou concurso na COPEL, com emprego garantido, Lindolfo teve a certeza de que era o momento certo para assumir compromisso com o grande amor de sua vida. Voltou para Canoinhas para buscar a noiva, Tânia Trevisani, com quem é casado há 43 anos, relação da qual nasceram três filhos, que lhes presentearam com sete netos. “Nada disso teria sido possível não fosse o apoio e o amor, primeiro de minha mãe Helena e, depois, de minha esposa Tânia”, afirma.
Canoinhas sempre foi conhecida como Capital da Erva Mate; Academia ao Ar Livre (Gastao, Silvana e Teodorovicz); Casas típicas de madeira em Canoinhas (SC): morei na "maior casa de madeira de SC" (a direita) até os 17 anos.
Na COPEL, Lindolfo exerceu várias funções, inclusive foi diretor por 12 anos. Participou da construção de grandes usinas como Capivari, Cachoeira, Salto Osório, Foz do Areia, Segredo e Caxias, entre outras.
Trabalho ainda quatro anos na Eletrobrás e três anos na iniciativa privada, sempre em atividades voltadas ao setor de energia. Há quatro anos, ajudou a constituir e desenvolver a Desa S.A., um empresa voltada para geração de energia renovável pertencente a um grupo investidor de Santa Catarina. A companhia tem três pequenas centrais hidrelétricas em funcionamento, três em construção e 204 MWs em energia eólica em construção no Rio Grande do Norte. É a quarta empresa em energia eólica do País. Tem ainda 1.200 MWs em eólicas para serem construídas. “Tenho muito orgulho desta empresa”, frisa.
FUTURO
Sobre o desafio que se impõe ao assumir o cargo maior dentro da COPEL, Lindolfo é bem consciente. “Tem muito trabalho a ser feito. O setor elétrico é muito dinâmico e tem a responsabilidade de prover energia para garantir o crescimento do País. Vamos expandir a atuação da empresa, principalmente em energias renováveis que serão distribuídas através do Sistema Integrado Nacional para todo o país. A COPEL tem também importante papel para estimular o desenvolvimento da economia do Estado do Paraná”, avalia.
Mas e Canoinhas? Não dá saudade?
“Claro que sempre voltam as lembranças da terra natal. Os amigos, meu cunhado Tadeu (Trevisani) e a esposa Josete. Voltam as lembranças das dificuldades da época e do estímulo das pessoas queridas”, responde.
Citando Paulo Coelho – “O mundo está nas mãos daqueles que têm a coragem de sonhar e correr o risco de viver seus sonhos. Cada qual com seu talento” -, em entrevista concedida por e-mail ao CN, Lindolfo deixou uma mensagem para a juventude canoinhense:
“Vale a pena estabeler um objetivo e ir a sua busca com todas as forças, até alcançá-lo”.

Discursos de Posse Diretoria da COPEL: Na Copel,

Richa reafirma compromisso com empresa pública e forte e funcionários valorizados 


Beto Richa e Lindolfo Zimmer: Discurso de Posse Nova Diretoria da COPEL. em 11/01/2011
O governador Beto Richa participou nesta terça-feira (11) da apresentação da nova diretoria da Companhia Paranaense de Energia (Copel), que tem como diretor-presidente o engenheiro Lindolfo Zimmer. “Assumi vários compromissos com os copelianos e estou aqui para demonstrar que esta empresa terá o tratamento de respeito que merece e a valorização e reconhecimento dos que nela trabalham”, disse Richa. “Nomeamos uma diretoria com pessoas qualificadas, competentes, sérias e identificadas com os funcionários desta empresa que é orgulho de todos os paranaenses”, afirmou o governador, em solenidade no Polo Administrativo do Km 3 da Copel, em Curitiba.
Richa reafirmou o compromisso de manter a Copel sob o controle do Estado, forte e no topo entre as empresas de energia deste país e uma empresa referência de bons serviços prestados. “Não serei um ditador de regras, serei um facilitador. E sei que, o governo não atrapalhando, os copelianos sabem o que fazer nesta importante companhia de energia”, disse.
O governador afirmou que a Copel perdeu muito espaço no mercado nacional de produção, geração e transmissão de energia e que a empresa foi atrapalhada por medidas como a constituição de parcerias. “Agora vamos cuidar para garantir a expansão e fortalecimento da Copel nas suas áreas de excelência”, disse. “Temos uma grande missão para a Copel também nos projetos de desenvolvimento econômico e social sustentáveis, como foi o Clic Rural, o maior projeto de eletrificação rural do país, no governo José Richa”, disse. “Temos grandes projetos e um deles é levar as fibras óticas da Copel a todos os municípios do Estado.

O novo presidente da Copel, Lindolfo Zimmer, que foi funcionário da empresa por quase 40 anos (desde 1965), falou da satisfação do reencontro com a comunidade copeliana, combinando a maturidade e a experiência, e do sonho de contribuir em conjunto para reerguer a empresa, de forma que a Copel volte a ocupar o lugar que merece no cenário nacional.
Zimmer disse que se inicia um período de reconstrução e da retomada de muitos avanços conquistados outrora. “A Copel tem uma cultura de gestão ética e responsável, de respeito aos seus empregados, seus consumidores e acionistas, e uma gestão necessária para que a empresa não trilhe rumos arriscados”, disse.
O presidente afirmou que a empresa precisa com urgência de um plano de cargos e salários sólido e consistente, que motive e permita indicar claramente a seus colaboradores o desenvolvimento de suas carreiras. “Ajudaremos a construir um Paraná melhor, com mais oportunidades, mais emprego, buscando meios de desenvolver a economia, melhorando a qualidade de vida e a esperança de um futuro melhor”, disse.
Zimmer também definiu numa série de diretrizes para atingir os objetivos planejados e a primeira é que “a criatividade está liberada. Lembrando sempre que boas ideias não respeitam organograma”, disse.
Zimmer assegurou que havera muitas mudanças. A Copel incentivará a busca incessante por resultados, oferecendo alta velocidade de resposta. Com gestores que se identificam com o setor elétrico, que tem história de trabalho e de realizações, que conhecem e respeitam a legislação e que tem projetos e a Copel deverá voltar a ser um exemplo de destaque e presença importante junto à sociedade e as instituições que balizam suas atividades.
A Copel tem um corpo funcional competente e preparado e disposto a retomar seu lugar entre as empresas do setor. É preciso apenas revitalizar a alma da empresa que deve voltar a conquistar o coração de seus clientes, que são a nossa razão de ser. Devemos tratá-los com dignidade e respeito. Satisfazer suas necessidades dentro de nossas obrigações societárias, sem perder de vista os requisitos de qualidade de energia exigidos pelo agente regulador”, afirmou
A Copel terá por meta a busca de rentabilidade adequada em projetos, de forma a agregar valor à empresa, conduzindo-a ao futuro com solidez. Quando for conveniente a participação minoritária nos projetos, a Copel estará presente em maior número de leilões de concessão, para geração e transmissão, otimizando o investimento para obtenção de retorno condizente com os anseios dos acionistas. “Não faz nenhum sentido termos taxa de retorno inferiores ao custo de oportunidade dos recursos, o que significa destruir valor da empresa”, disse Zimmer.
Além das usinas hidrelétricas, serão desenvolvidos projetos de outras fontes renováveis, com ênfase na energia eólica. A empresa também voltará a investir em distribuição, especialmente em melhorias e na expansão do sistema. Os patamares de investimento devem ser superiores a 15% da receita líquida, para assegurar uma qualidade adequada do fornecimento.
Com resultados melhores e com uma maior parcela de dividendos distribuídos aos acionistas, que beneficiem o governo do Paraná, este poderá contar com mais recursos para investir em outras áreas e programas prioritários de interesse público, fazendo com que a Copel cumpra com seu papel de agente de desenvolvimento estadual”, afirmou Zimmer.
O presidente disse ainda que a Copel precisa avançar mais na área de Pesquisa e Desenvolvimento, voltar a estimular os avanços tecnológicos e ter de novo um Lactec com destaque nacional, em parceria com universidades e indústrias e que volte a apresentar soluções inéditas para o setor elétrico.
A estratégia de comercialização mais sólida na párea de geração para os próximos anos aproveitando oportunidades que surgirão nos próximos anos.
A Copel trabalhará como um catalisador para a atração de indústrias, propiciará o desenvolvimento da economia através do apoio aos detentores de outorga de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH - até 30 megawatts) e Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGH - até 1 MegaWatt), através de suporte técnico para o desenvolvimento dos projetos, acesso ao sistema de distribuição ou derivados e apoio na absorção da energia gerada.
Também serão retomados com ênfase os projetos de telecomunicação, utilizando de forma mais abrangente o anel de fibras óticas, trazendo mais produtividade e eficiência às operações do sistema elétrico. “Projetos importantes poderão ser desenvolvidos em parceria com o governo do estado, para o melhor aproveitamento do potencial dessa tecnologia”, disse Zimmer.
A Copel será uma empresa 2.0, usando tecnologia e conhecimentos de ponta na área digital. Ficaria muito feliz de ver toda a Copel vibrar sincronizada na mesma freqüência e intensidade em todos os assuntos pertinentes ao nosso plano diretor”, conluiu.
A solenidade teve a presença do diretor-presidente da Itaipu Binacional, Jorge Samek, do deputado estadual Valdir Rossoni, secretários de estado, dirigentes de entidades da sociedade civil organizada e funcionários da Copel.

DIRETORIA DA COPEL
Lindolfo Zimmer: diretor-presidente
Ricardo Portugal Alves: diretor de Finanças, Relações com Investidores e de Controle de Participações
Jorge Andriguetto Júnior: diretor de Engenharia
Jaime de Oliveira Kuhn: diretor de Geração e Transmissão de Energia e de Telecomunicações
Pedro Augusto do Nascimento Neto: diretor de Distribuição
Yára Christina Eisenbach: diretora de Gestão Corporativa
Julio Jacob Júnior: diretor jurídico
Gilberto Mendes Fernandes: diretor de Meio Ambiente e Cidadania Empresarial

LINDOLFO ZIMMER é engenheiro mecânico e economista (UFPR), com pós-graduação em administração industrial, é servidor público concursado da Copel desde 1965. Foi diretor de Marketing (2000-2003), diretor de Operação (1995-1999), diretor de Engenharia e Construções (1979-1982), presidente do Comitê de Gestão da Copel Telecomunicações e Copel Transmissão, membro do Comitê de Gestão da Copel Geração e Copel Distribuição, gerente da Divisão de Manutenção Mecânica da Diretoria de Operação, gerente da Divisão de Engenharia Mecânica da Diretoria de Engenharia e Construção, entre outros cargos de gerência e direção na empresa. Natural de Canoinhas (SC), tem 68 anos.
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Almoço posse nova Diretoria da COPEL (Restaurante COPEL/KM3):
Na COPEL todos são iguais na hora do almoço!
Mensagens e Link

ps.
01: Em Canoinhas, como nao haviam muitas oportunidades de emprego, bem como não haviam faculdades (hoje existe a Universidade do Contestado), os adolescentes que queriam continuar estudando, seguiam trajetórias similares:
a) Dr. Lindolfo Zimmer nasceu em Canoinhas; foi aprendiz no jornal Correio do Norte; estudou no Colégio Santa Cruz e, as 14 anos veio estudar/fazer Engenharia na UFPR, em Curitiba; depois de formado passou a trabalhar na COPEL.
b) Eu (José Carlos Teodorovicz), também nasci em Canoinhas; fui menor aprendiz em Serviços Gerais no Banco do Brasil; estudei no Colégio Santa Cruz e, aos 17 anos vim estudar/fazer Engenharia na UFPR, em Curitiba; depois de formado passei a trabalhar na COPEL.
02. O Colégio Marista "Santa Cruz" hoje se chama Colégio Estadual "Santa Cruz"
03 Os Jornais de Canoinhas eram semanais; consegui meu primeiro emprego, como Menor Aprendiz em Serviços Gerais, porque em cima da mesa do Gerente do Banco do Brasil de Canoinhas, na epoca Sr. Fernando Rocha, estava o jornal semanal com notícia sobre mim. Eramos 3 alunos do Colégio Estadual "Santa Cruz" sendo entrevistados para ocupar o posto de trabalho. Ele me viu no jornal e consegui meu primeiro emprego, ai viajei "um monte" jogando Xadrez e FutSal pela AABB-Associaçao Atlética Banco do Brasil de Canoinhas-SC.



03. Originais:
a) Jornal Correio do Norte - Canoinhas (SC), 07 de janeiro de 2011. Ano 64 - Edição: 2968
b) Jornal Correio do Norte - Canoinhas (SC), 07 de janeiro de 2011. Ano 64 - Edição: 2968 - Página 12
Fonte 01: Jornal Correio do Norte - Canoinhas (SC), 7 de janeiro de 2011 (Jornalista: Edinei Wassoaki)
Fonte 02: Agência de Notícias do Estado do Paraná- 11/01/2011 16:50

Fotos de Canoinhas: José Carlos Teodorovicz

José Carlos Teodorovicz
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