sexta-feira, 23 de julho de 2021

Tokio - Olimpíadas 2020/2021

Os Jogos Olímpicos Tóquio 2020 foram adiados para o período entre 23 julho e 8 agosto de 2021.

O mascote dos Jogos Olímpicos de Tokyo foi chamado de Miraitowa, que na escrita japonesa é a junção das palavras 未来 (futuro) e 永遠 (eternidade). Já o mascote paralímpico foi batizado de Someity. Na língua portuguesa significa "tão poderoso" e foi inspirado na expressão "Somei-yoshino", uma espécie de cerejeira bastante popular no país.

As Olimpíadas tiveram origem na cidade de Olímpia em 776 a.C., por isso, recebem esse nome.

Ocorriam entre atletas e esportistas das cidades-estado gregas, com o intuito de homenagear os deuses gregos e propagar a paz entre as cidades do país.

Nessa época, somente os homens participavam e assistiam aos jogos, no qual o vencedor recebia uma coroa de louro ou de folhas de oliveira.

Os Jogos Olímpicos da Era Moderna (Olimpíadas Modernas) foram criados por Pierre de Frédy (1863-1937), mais conhecido por Pierre de Coubertin, um historiador e pedagogo francês.

A ideia de Pierre de Coubertin de retomar os jogos olímpicos na modernidade era buscar a paz entre as nações, unindo todos em uma celebração esportiva. Acreditando nessa possibilidade, Pierre apelou a vários países que aderissem ao evento e fundou o Comitê Olímpico Internacional (COI) em 1894.

A primeira edição dos jogos olímpicos aconteceu em 1896, em Atenas, como forma de homenagear os Jogos Olímpicos da Antiguidade. Desde então, não foram realizados apenas nas duas guerras mundiais: em 1916, em decorrência da Primeira Guerra Mundial, e em 1940 e 1944, em decorrência da Segunda Guerra Mundial.

O local onde ocorreu a primeira Olimpíada foi no estádio “Panathenaic”, na cidade de Atenas.

O lema das Olimpíadas é "Citius, Altius, Fortius" (mais rápido, mais alto, mais forte), criado pelo francês Louis Henri Didon (1840-1900).


 

quinta-feira, 1 de julho de 2021

Museu Oscar Niemeyer (MON) e sua História: Instituto de Educação do Paraná / NovoMuseu / Museu do Olho / Museu do Jaime Lerner

Em 1967 Oscar Niemeyer desenhou uma escola para Curitiba, propôs uma construção moderna com laje em concreto protendido apoiada em pilotis, vãos enormes e rampas no lugar de escadas; além de um ginásio abobadado e um anexo. Porém, em 1978 saiu do papel apenas o edifício principal, que serviria a burocracia do estado por mais de vinte anos. Foi somente no início do séc. XXI que a vocação social do projeto seria resgatada, quando Niemeyer foi convidado por Jaime Lerner a retomá-lo, transformando-o em museu. Acrescido de uma torre (Torre do Olho), o museu foi inaugurado duas vezes, a primeira em 2002 como NovoMuseu, a segunda em 2003, mudando o nome para Museu Oscar Niemeyer, o MON ou Museu do Olho ou Museu do Jaime Lerner (Idealizador do NovoMuseu de Curitiba/Paraná).


O Prédio Principal do Museu Oscar Niemeyer inaugurado em 2002 em Curitiba, fazia parte de um projeto modernista de 1967 do arquiteto Oscar Niemeyer, cuja finalidade seria a de abrigar o novo Instituto de Educação do Paraná – IEP, antiga Escola-Normal. A este prédio se somariam mais dois: um ginásio, em forma de abóboda, e uma construção para um maternal com jardim-de-infância. Estas anexos nunca foram realizados e o IEP nunca ocupou o lugar que lhe houvera sido destinado.

No Projeto do Instituto de Educação do Paraná (1967), de Oscar Niemeyer, o IEP seria uma Escola Símbolo, no coração da cidade física e nas bases do Estado de bem estar social. Acabou sendo ocupado pela Secretaria de Administração do Estado do Paraná antes de Jaime Lerner idealizar o NovoMuseu (2002), depois renomeado para Museu Oscar Niemeyer (MON), em 2003.

O "Elefante Branco Modernista" foi chamado de Edifício Castelo Branco (Secretaria de Administração)

Além das adequações ao prédio antigo do Instituto de Educação do Paraná de 1967, Niemeyer e sua equipe projetaram uma torre, construída à frente do edifício existente. Sua forma, que para alguns remete à araucária, árvore de grande porte e símbolo do Paraná, também se assemelha ao formato dos olhos, e por isso, o segundo prédio passou a ser chamado de olho.
Sua forma elíptica resgata algo do projeto de 1967, o desenho remete à antiga abóboda prevista para o ginásio de esportes; também acrescenta ao antigo prédio as curvas que Niemeyer tanto gostava em todos os seus projetos.

Oscar Niemeyer, em todas as suas obras, valoriza as curvas (curvas femininas), no caso do MON, é a mesma idéia. O "Olho" na verdade é o espaço entre os braços e a fita de uma ginasta artística

A Ginasta Artística foi colocado pelo Oscar Niemeyer no pilar do "Olho", logo acima do Espelho de Água.
O Palácio Castelo Branco, antigo Instituto de Educação do Paraná, apelidado de "Elefante Branco", possui um vão livre de 65 metros, algo como o comprimento de um prédio de 30 andares do Museu Oscar Niemeyer. Segundo o Engenheiro Shido Ogura: "Foi o maior vão livre daquele tempo no país, solucionado com uma viga protendida feita com cabos de aço enormes que foram importados da Suíça e que, posicionados e esticados, empurram toda a cobertura do prédio para cima, lutando contra uma carga natural que força toda a estrutura para baixo". Com uma extensão muito grande, a viga também necessitava de uma solução para o trabalho natural de contração e dilatação. "Embaixo de cada pilar das extremidades desse vão foram instalados seis rolos de aço que se movem de acordo com o trabalho da estrutura, mantendo tudo em pé."
A solução estrutural para o "Elefante Branco" foi dada por quatro Engenheiros Civis e professores da Universidade Federal do Paraná (UFPR): Ernesto Sperandio Junior, José de Almeidra Neto, Inaldo Ayres Vieira e Shido Ogura.



O MON - Museu Oscar Niemeyer  é considerado o Cartão Postal de Curitiba. 
Com 35 mil metros quadrados de área construída e 17 mil de área expositiva, o MON é o maior museu de arte da América Latina
O espaço possui 12 salas expositivas, que contam com aproximadamente sete mil obras voltadas às Artes Visuais, Arquitetura, Urbanismo e Design. 
O local ainda contempla auditório, cafeteria e loja com produtos personalizados do museu.
Nos fundos do MON fica o Bosque do Papa (Bosque João Paulo II).


Em 2006
, como exigência para receber as valiosas e frágeis peças japonesas da exposição "Eternos Tesouros do Japão", do Museu de Arte Fuji, de Tóquio - Japão, o chão foi erguido para abrigar um sistema de climatização que controla a temperatura e a umidade do ambiente, os vidros foram escurecidos e divisórias pretas foram construídas, incorporando um sistema de iluminação específico para a mostra (particularmente valioso ao ressaltar a função reflexiva do ouro aplicado aos biombos).


s 2 pessoas

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Américo Biketour Club

 Aula Pilotagem Bike: Luciane

Cicloturismo Rural em Palmeira (PR) - Turma do Américo
Percurso: Centro de Palmeira até a localidade de Nossa Senhora das Pedra, 
com vista para o Canion (45km)
O primeiro projeto conhecido de uma bicicleta é um desenho de Leonardo da Vinci sem data, mas de aproximadamente 1490. Só foi descoberto em 1966 por monges italianos.
Os princípios básicos de uma bicicleta estão lá: duas rodas, sistemas de direção e propulsão por corrente, além de um selim. Mas o posicionamento do eixo de direção faz com que a bicicleta dobre no meio, o que teria feito que Leonardo ou qualquer um tivesse muita dificuldade para manter o equilíbrio. 

Só aparecerá documentação que prova a existência de veículos de propulsão humana após a Renascença e a maioria deles eram pequenos veículos de três ou quatro rodas.
Em 1680 um construtor de relógios alemão, Stephan Farffler, que era paraplégico, construiu para si primeiro uma cadeira de rodas de três rodas e depois outra de quatro, ambas movidas por um sistema de propulsão por alavanca manual.
Várias outras referências de veículos de propulsão humana são encontradas até 1800, todas construídas na forma de carruagem.
A história da bicicleta começa de fato com a criação de um brinquedo, o "celerífero", em 1791, realizado pelo Conde de Sivrac. Construído todo em madeira, constituído por duas rodas alinhadas, uma atrás da outra, unidas por uma viga onde se podia sentar. A máquina não tinha um sistema de direção, só uma barra transversal fixa à viga que servia para apoiar as mãos. A brincadeira consistia em empurrar ou deixar correr numa descida para pegar velocidade e assim tentar manter-se equilibrado de maneira muito precária por alguns metros.
O alemão Barão Karl von Drais, engenheiro agrônomo e florestal vindo de família de posses, pode ser considerado de fato o inventor da bicicleta.
Em 1817 instalou em um celerífero um sistema de direção que permitia fazer curvas e com isto manter o equilíbrio da bicicleta quando em movimento. Além do mais a "draisiana" tinha com um rudimentar sistema de freio e um ajuste de altura do selim para facilitar o seu uso por pessoas de diversas estaturas.
A possibilidade de sentar-se num selim parecido a uma sela de cavalo e apoiar os pés no chão, de direcionar a máquina e manter o equilíbrio por longos trechos, e ainda frear, permitia ao condutor o controle da situação e uma sensação conforto e segurança.
O princípio para movimentá-la era bastante simples: sentado no selim da draisiana com os pés apoiados no chão bastava sair andando ou correndo até que se chegasse ao equilíbrio. A partir daí o condutor levantava os pés até que fosse necessário mais impulso para manter a velocidade e o equilíbrio. No plano, conforme a situação do piso, era possível ir mais rápido do que a pé. Nas descidas a velocidade era quase impensável para a época.
A novidade foi patenteada em 12 de Janeiro de 1818, em Baden e em outras cidades européias, incluindo Paris. O Barão von Drais então passa a viajar pela Europa fazendo contatos para mostrar seu produto, mas suas qualidades de vendedor eram ruins e ele acabou ridicularizado e falido.
Pierre Michaux, um carroceiro da cidade de Brunel, França, recebeu em sua oficina uma draisiana para reparos. Depois de pronta colocou seu filho para usá-la e esta a achou muito cansativa. Michaux então passou a pensar em algum sistema de propulsão que fosse ligado diretamente a roda dianteira e que fizesse o deslocar da máquina mais fácil. Acabou redesenhando todo o projeto original da draisiana, criando um quadro de ferro e um sistema de propulsão por alavancas e pedais na roda dianteira. Pai e filho gostaram tanto do resultado que acabaram por optar pela sua fabricação. Estava criado o que viria a ser chamado de "velocípede". Michaux teve a esperteza de dar um de seus velocípedes para o filho de Napoleão III e isto abriu as portas comerciais de seu produto.
Pierre Lallement, ferreiro e carroceiro francês, afirmava ter inventado a mesma máquina antes de Michaux. Ele acaba se mudando para os Estados Unidos onde veio a fabricar seus velocípedes, com patente requerida em 1866, mas seus negócios não foram bem. Acabou falido.
Hoje se sabe que houve bicicletas e velocípedes com pedais anteriores às de Michaux ou Lallement, como um modelo feito por Philipp Moritz Fisher em 1853, dentre outros. Movido pela Revolução Industrial, o desenvolvimento de veículos de tração humana, a maioria com quatro rodas, ganhou grande impulso. Os projetistas perceberam a importância que um veículo menor e mais barato, mais fácil de produzir e vender, teria sobre a vida de todos, e não estavam errados.
Museu da Bicicleta em Joinville (SC)
Marketing visando atrair público feminino e crianças
Curiosidades
O automóvel polui mais durante o seu processo de fabricação do que durante toda a sua vida útil.
Acidentes de automóvel são a maior causa de morte entre os jovens no mundo inteiro.
O ciclista chinês Zhang Jincheng bateu o recorde mundial de ascenção em ediícios sobre duas rodas, ao subir 88 andares montado em uma bicicleta.
O ciclista Roberto Carlos da Silva Moreira quebrou o recorde de horas em cima de uma bicicleta, ao completar 72 horas e 40 minutos sobre uma, em outubro de 2002.
João da Cruz, mineiro da cidade de Luz, realizou o maior percurso de bicicleat sentado de costas no guidon: ele pedalou 4.290 metros em 18 minutos e 24 segundos.
O paranaense Reginaldo Langner superou seu próprio recorde ao montar uma bicicleta contendo 864 raios, sendo 432 em cada roda. A primeira tina 576 raios.
A bicicleta mais alta do Brasil foi desenvolvida pelo catarinense Miguel Pierini, de Rio Maina. Ela tem 3,60m de altura.
Américo (BikeTour Club) é um dos maiores incentivadores de bike em Curitiba (professor para todas as idades, inclusive crianças com Síndrome de Down). Foi quem iniciou a saudável atividade de CicloTurismo Rural no Brasil (1967), depois de ter percorrido a TransAmazônica.

Américo já realizou, de 1967 até set/2011292 (duzentos e noventa e dois) cicloturismos de integração e cultura


Tenho participado de CicloTurismo Rural com o Américo e Maristela (BikeTour) há, pelo menos, uns 15 anos.
O mais recente que participei, foi o de São Luis do Purunã à Balsa Nova, com 54 cicloturistas mais a equipe de apoio. Tivemos muito sol e calor, muitas subidas e descidas, chuva e lama, banho de rio, 16 "batizados"(novos participantes do grupo são batizados pelo "frei" Danilo), e muitos amigos.

Vídeos:

a)  Não deixe de ver o vídeo no Youtube: B I C I C L E T A:
b)  Não deixe de ver o vídeo no Youtube: 
      Danny MacAskill - "Way back home"  (obra de arte sob 2 rodas!):

Links recomendados sobre bike/cicloturismo:
http://www.naturezarlivre.blogspot.com/

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Teo Teodorovicz ( Engenheiro Teodorovicz)

"O melhor resultado é quando todos do grupo fazem o melhor para si E para o grupo" (John Nash)
No Blog do Teo - jcteo
 No blog do Teo - jcteo ...
Qualquer ser se sente no céu!
Existem emocionantes viagens...
...Nas mais espetaculares paisagens!

No blog do 
Teo - jcteo ...
Há coisas perdidas do Beleléu!
Existe uma linda arara azul,
Que voa em seu ombro de Norte a Sul!

No blog do 
Teo - jcteo ...
Ninguém fica ao léu!
Há um espaço para a cultura...
Com estrelas cheias de doçura!

No blog do 
Teo - jcteo ...
Há uma bailarina com véu!
Existe o verdadeiro xadrez...
Pois lá a inteligência tem vez.
Luciana do Rocio Mallon

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

A Ferrari dos Motor-Home by Teo jcteo (A história do Trailer ao Motor-Home)

 Bidy e Romi tinham uma rede de restaurantes
Deliciosos, aconchegantes e elegantes!
Este casal tem uma história de amor
Que é um conto do mais puro esplendor! 
 Quando Bidy convidou a Romi para sair
Ela arrumou-se e perfumou-se com o melhor elixir
Assim, eles foram ao CEU (Restaurante da Casa do Estudante Universitário),
Onde há um refeitório simples, mas extraordinário
 Mas, Romi ficou tímida e calada
Então, não conseguiu comer nada
Por isto, Bidy comeu toda a refeição, dele e dela
E chegou até a lamber a última panela! 
Porém, com esforços brilhante e simpatias radiante
Os dois fundaram os próprios restaurantes!
Tinham um no centro e outro na COPEL
Que é um cantinho do céu!
 Eles tem um motor-home, uma casa andante
Que é a mistura de um trailer elegante
Com uma carruagem cigana cheia de magia
Que vai a qualquer lugar seja de noite, ou, de dia!
Vitória- Régia é o modelo desta casa que muda de lugar
Porque ela é uma flor e, também, uma Ferrari que no asfalto pode flutuar!
Morar em motor-home é para quem é forte
Para quem acredita no esforço e na sorte!
Só mora em motor-home quem enfrenta a vida dura
Porque sabe que é na estrada que mora a ternura
Que sempre precisa de um sabor de aventura!
 Bidy e Romi estão no blog do Teo jcteo
Porque eles sabem o valor da luta e da amizade
Pois, a paz na estrada tira tudo o que é cruel
De motor-home eles chegarão ao caminho da felicidade.
Luciana do Rocio Mallon & Teo jcteo
Chega um tempo na vida da gente que sentimos a necessidade de mudar, seja de casa ou de nós mesmos
Largar coisas muito enraizadas e profundas, mas que já não servem mais
Então surge a idéia de olhar casas novas, em todos os sentidos! 
Quem sabe algumas que possuam ruas estreitas que precisamos percorrer
Ou outras que fiquem em ladeiras bem íngremes, para desenvolver a nossa força
Ou quem sabe simplificar, resgatar o velho e criar um novo lugar!
Ou talvez procurar uma nova casa, que tenha muita água por perto, para amolecer a nossa argila, que são as nossas crenças. 
 Muitas vezes não é necessário trocar de casa, mas olhar com outros olhos para dentro dela
Quem sabe, olhando melhor, possamos visualisar um rio com águas transparentes, que tem a capacidade de levar embora as preocupações que não precisamos mais!
Ou ainda águas que reflitam o nosso interior!
E se ainda pudermos ir para perto do mar, que maravilha!
Quantos ensinamentos ele tem para nos dar, basta se aquietar e observar!
 Lugares que tenham água por perto ajudam a amolecer a terra seca, que não iguais a nossa dureza, rigidez, incompreensão.
Olhar através de arcos, resulta em enxergar aquilo que realmente precisamos ver!
Começar a entender que a casa é a nossa morada, somos responsáveis por ela.
Podemos dar cor ou não, mas o colorido exige cuidado!
Observar se não estamos construindo muros muito fechados, em volta da nossa casa.
Muros separam, pontes ligam, aproximam ...
Através das pontes podemos ver o outro lado.
Conhecer o outro lado muda a nossa percepção.
Nos transforma ...
Começamos a ter uma nova visão!
E com a nova visão, fica mais fácil pensar na nova construção ou reforma!
Podemos nos aproximar mais das pessoas?
Por acaso nos isolamos demais?
Ou precisamos nos aquietar mais ...
Quem sabe um lugar mais alegre?
Ou precisamos caminhar silenciosamente por ruas desconhecidas.
Olhar para nossa casa requer coragem e força ...
E enxergar o que precisa ser mudado e se desapegar do velho!
É olhar fundo ...
E quando o desapego acontece, ele nos leva a situações caóticas, mas valiosas!
Neste momento surge uma confusão de cores e caminhos!
É a reforma...
Muitas vezes surge o frio e o escuro ...
Mas tudo passa, sempre vem o novo dia para clarear!
Toda reforma ou mudança traz o "caos".
Mas precisamos lembrar que vale a pena, o resultado chega!
Se a angústia bate à porta é hora de abrir e atender!
Ela vem avisar que alguma coisa precisa mudar!
Quem sabe uma pausa para refletir sobre isso!
Olhar o rio e perceber que ele corre sozinho ... tem seu tempo ...
Faz seu curso e segue livre ...
A cada lugar que o rio passa, ele vê novas paisagens ...
e nós, queremos nos fixar!
Permanecer!
É hora de recomeçar, mudar de casa ou reformar!
Assumir responsabilidades, ser dono dela!
Com certeza não é fácil, mas vale a pena, pois ...
Se quer pouco, terás tudo,
Se quer nada, serás livre!
"O melhor resultado é quando todos do grupo fazem o melhor para si E para o grupo" (John Nash)
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Luciana do Rocio Mallon

domingo, 6 de outubro de 2013

Dzi Croquettes by Teo jcteo

 “A força do macho e a graça da fêmea”: Dzi Croquettes
 Exposição Crisálidas - Shopping Crystal - Curitiba
1. “Nem homem. Nem mulher. Gente.”
 Livres e libertários, vestidos com purpurina, saias e cílios postiços, um conjunto de forças masculinas entrava no palco em pleno regime de ditadura militar no Brasil. Dzi Croquettes, grupo de teatro que surgiu na década de 70, no Rio de Janeiro, montava espetáculos musicais com uma enorme dose de ousadia, humor e irreverência.
 O grupo foi resgatado recentemente pelo documentário Dzi Croquettes,, realizado por Raphael Alvarez e Tatiana Issa, em 2009, e pelo livro “A Palavra Mágica: a vida cotidiana do Dzi Croquettes”, de Rosemary Lobert, lançado em 2010 (publicação de sua dissertação de mestrado em antropologia social, 1979). 
 Apesar de inúmeras apresentações no Rio de Janeiro, São Paulo e Paris, os únicos registros encontrados para a elaboração do filme foram de uma TV pública alemã e algumas cenas de entrevistas da rede Globo, no Brasil. 
 A iniciativa de levantar a pesquisa e a recuperação desse material salva o grupo do esquecimento e denota a grande importância que os Dzi Croquettes tiveram para a arte, o teatro e a vida de toda uma geração.
 Dzi Croquettes eram “As Internacionais”. 
 Treze homens fortes, másculos e peludos entravam no palco com figurinos glamourosos: saias, sapatos altos, maquiagem carregada e corpos quase nus. 
 Eram eles: Lennie Dale, Wagner Ribeiro de Souza, Cláudio Gaya, Cláudio Tovar, Ciro Barcelos, Reginaldo de Poli, Bayard Tonelli, Rogério de Poli, Paulo Bacellar, Benedictus Lacerda, Carlinhos Machado, Eloy Simões e Roberto de Rodriguez.
 Em poucos anos, foram responsáveis por uma revolução de comportamento, libertando-se de valores morais com relação à masculinidade e feminilidade, em um momento político em que “toda nudez era castigada”.
 “Eram homens vestidos de mulher, mas ninguém queria ser mulher” diz o cantor Ney Matogrosso em seu depoimento, presente no documentário. A questão era justamente essa: jogar com uma sexualidade dúbia fugindo de qualquer tipo de classificação. 
 “Qual é essa mania de classificar?”, dizia um dos integrantes. Criou-se então uma confusão de estereótipos sexuais confundindo inclusive a própria ditadura que não conseguia detectar onde estava exatamente a ameaça do grupo, além dos corpos nus. 

 Negando os rótulos e assumindo a multiplicidade de caracteres, eles mesmos diziam: “Os Dzi Croquettes não são representantes do gay-power, nem dos andróginos, nem dos homens, nem das mulheres, nem dos brancos, nem dos pretos, mas de todos. Porque ou a gente representa todos ou não representa nada.” 
 Em 1973 Dzi Croquettes é censurado, mas depois de 30 dias é liberado por falta de argumentos consistentes, com a condição imposta de cobrirem seus corpos.  Vale lembrar a tradição do carnaval brasileiro onde, durante os dias de festa, muitos homens se vestem de mulher. O grupo assim era político na maneira de ser e criticava as instituições nas entrelinhas da comédia musical.
 Os espetáculos misturavam jazz, musicais da Broadway, cabaré, samba, teatro de revista, macumba, bossa-nova, improvisação, num exercício de pura antropofagia, evocando o manifesto de Oswald de Andrade: “Só a antropofagia nos une.” Devorando todas as culturas e falando várias línguas, os Dzi Croquettes alcançavam todo o tipo de público e levando ao extremo a própria noção de espetáculo.

 2. Breve história do grupo
Com o espetáculo “Gente Computada Igual a Você”, de 1972, o grupo fez enorme sucesso no Rio de Janeiro e em São Paulo. Apresentando números cantados e dançados assim como monólogos e paródias, os Dzi abusavam da ironia e do duplo sentido. Os textos eram de autoria de Wagner Ribeiro e o preparo técnico do grupo ficava por conta de Lennie Dale, coreógrafo norte-americano naturalizado brasileiro. Eles se auto-denominavam “as internacionais” pela multiplicidade de línguas que compunham o espetáculo: português, inglês e francês eram as mais utilizadas. E o humor escrachado permeava todas elas num exercício de extrema liberdade de linguagem teatral.
 Foi criado ainda todo um vocabulário “croquette”, com algumas palavras tão utilizadas que chegaram a entrar para dicionário da língua portuguesa como, por exemplo, “tiete”. O nome Dzi Croquettes foi também escolhido pela via do humor. Inspirado no grupo americano The Cockettes, fez-se uma alusão aos croquetes que eles estavam comendo no momento e a sonoridade do artigo the (zê – dzi). Dzi Croquettes. Afinal, como os croquetes, diziam, somos todos feitos de carne.
 Essencialmente coletivo, o processo de criação dos Dzi Croquettes era do Teatro de Grupo, em sua versão mais radical. Além de atuarem juntos e acreditarem na mesma concepção estética e ideológica de linguagem, os Dzi Croquettes viviam juntos, como uma família, estabelecendo funções e papeis para cada membro: pai, mãe, filhas, tias, governanta, camareira, enfim; fazendo da própria vida um teatro e do teatro a vida. Em casa ou no palco, o que os Dzi Croquettes estavam propondo era uma forma de vida.
 Pouco depois de censurados no Brasil, os Dzi Croquettes decidem embarcar para a Europa apenas com o dinheiro dos espetáculos e quase duas toneladas de cenário e figurinos. Uma sessão especial em Paris feita para Lisa Minelli e seus convidados lotou o teatro e eles alcançaram sucesso e reconhecimento. A atriz, tida como a madrinha do grupo, não esconde a grande admiração: “Eles se expressavam com todo o corpo e nós sentíamos essa energia em volta deles. Como se tivesse fumaça.”
 A cantora e bailarina Josephine Baker, que na ocasião estava entre os convidados de Liza Minelli, havia dito ao diretor do Teatro Bobino que quando ela morresse gostaria que os Dzi Croquettes fossem os próximos a se apresentar. O que de fato aconteceu quando, depois de uma semana de apresentações, em abril de 1975, Josephine Baker falece e o diretor, atendendo ao seu ultimo pedido, chama os Dzi Croquettes para ocupar o palco. Com o sucesso novamente e a presença de convidados ilustres na platéia como Jeane Moreau, Mick Jagger, Maurice Bejart, entre outros, o grupo alcança fama na Europa, mas decidem voltar para o Brasil em seguida.
 No entanto, no inicio dos 80, com o aparecimento da Aids, o grupo perdeu quatro integrantes, sendo que na seqüência três morreram assassinados e um de aneurisma. Dos treze restaram cinco: Ciro Barcellos – ator; Benedictus Lacerda – guia turístico; Rogério de Poly – ator; Bayard Tonelli – ator, diretor de arte e coreógrafo; e Cláudio Tovar – ator, cenógrafo e figurinista.
 3. Contaminações e influências
Os figurinos incorporavam o lixo com glamour internacional. Feitos com restos de carnaval, roupas encontradas, collants desfiados, lantejoulas, meias de futebol, vestidos e fraques, a composição do vestuário era uma mistura de tons, cores e texturas onde o lixo virava luxo. Na cena em que eles dançavam “Assim Falou Zaratustra”, de Strauss, por exemplo, tecidos esvoaçantes ganhavam movimento como asas de Loïe Fuller, como se fossem mariposas voando pelo palco. O humor estava presente em todo momento, seja na escolha das músicas, na combinação de movimentos ou nos textos.
 A rigidez técnica e o preparo físico, exigido por Lennie Dale, no entanto, fazia do grupo bailarinos profissionais. O trabalho de corpo com base em aulas de jazz e sapateado – ritmos adotados pelos musicais da Broadway – possibilitava a execução de movimentos limpos e precisos, o que dava contraponto ao excesso de liberdade corporal e textual. Visível, por exemplo, no bolero “Dois pra lá dois pra cá”, na voz de Elis Regina, dançado com rigor técnico e atrevimento.
 No rosto, a maquiagem criava um disfarce. Eram como máscaras que ocultam e revelam ao mesmo tempo. Onde é possível ver sem ser visto. Um mural cênico composto de objetos e símbolos astronômicos, plataformas móveis e intensos focos de luz compunham uma capa de excessos. O olhar não abarcava o conjunto e o movimento era acelerado. No entanto tudo funcionava. Em acúmulos, desvios ou dribles de risos, moviam certezas na convicção de seus passos. A devoração de elementos estrangeiros em fusão com a cultura brasileira presente também no Tropicalismo e nas idéias do Manifesto Antropofágico de Oswald de Andrade tem a sua máxima expressão com Dzi Croquettes. Pela contracultura e experimentalismos de vanguarda, o grupo levou ao extremo as tentativas de superar as dicotomias arte/vida, arte/antiarte, fazendo do teatro, afinal, um projeto de vida. Nas palavras de Lennie Dale: “Life is a cabaret”.
 Dzi Croquettes existiu entre 1972 e 1976 e exerceu influência em inúmeros artistas como Secos & Molhados, Ney Matogrosso, Frenéticas, entre muitos outros. Nota-se também a importância que tiveram no âmbito teatral, influenciando grupos como o Teatro Vivencial, de Recife, e toda uma corrente que leva adiante os conceitos de teatro de grupo e criação coletiva. Também o gênero pastelão, caricatura, deboche e comédia de costumes, travestismo e o movimento gay se apoiaram no vigor da presença do grupo. As contaminações disseminavam com velocidade em toda a arte dessa época.
Com a “força do macho e a graça da fêmea”, slogan da trupe, os Dzi Croquettes passaram como um vento forte balançando as estruturas. Um lugar onde nada é estático, onde os conceitos se misturam desorientando classificações. Intensos, magnéticos e ousados, deixam o recado: “Já que somos todos ignorantes, enlouqueçamos, pois.”

Fontes:
a) Texto:  “A força do macho e a graça da fêmea”: Dzi Croquettes by  LUCILA VILELA
b) Fotos:
 Seleção fotos na internet e montagem by Teo jcteo
c) Livro:
  A Palavra Mágica - A vida cotidiana do Dzi Croquettes
Romery Lobert
 "O melhor resultado é quando todos do grupo fazem o melhor para si E para o grupo" (John Nash)
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