domingo, 1 de maio de 2011

Curitiba querida, que bom que eu te vivi, desde guri! (V5)

Foto Curitiba atual by Áurea Regina; arte, a direita, by Vera Very

Saudade da Curitiba dos meus tempos de guri. 

Curitiba é composta de várias etnias,
Que convivem em mil harmonias!
O Blog do Teo jcteo homenageia esta cidade...
Com todas as suas etnias de verdade!
 
Lá existem as pêssankas ucranianas...
Lá tem danças e músicas ciganas...
Lá tem o trabalho dos italianos...
Com todos os seus planos!
 
Lá os índios têm uma oca com magia...
Lá os negros brincam sua capoeira...
Lá os japoneses cantam a sua poesia...
De uma forma calma e faceira!           
 
O Oriente e Ocidente se encontram no céu...
Nesta Curitiba que nunca fica ao léu...
No Blog do Teo jcteo.
Luciana do Rocio Mallon
Foto Curitiba atual by Áurea Regina; arte, a direita, by Vera Very 
O inteligente Farol do Saber...
É o caminho para aprender...
Harmonia com conhecimento,
Que não se vão ao vento!
 
O Farol do Saber é uma rede de bibliotecas,
Que transforma crianças levadas e sapecas...
Em excelentes e brilhantes estudantes,
Que viram estrelas cintilantes!
 
O bom Farol do Saber...
Edifica qualquer ser...
Ele foi inspirado no Farol de Alexandria...
Com toda a sua nobreza, poesia e magia!
 
Em todo o bairro curitibano...
Há um Farol do Saber sem engano!
Lá tem o Projeto Digitando o Futuro...
Para o mundo não ficar obscuro!
 
Colocar a Internet na periferia...
Faz parte do dom da magia...
Do ótimo Farol do Saber,
Que faz a humanidade crescer.
Luciana do Rocio Mallon


- Das partidas do "bete-ombro". 
- Do jogo de tique. 
- Do jogo de búrico (bolinhas de gude, de vidro...). (não dou volta, não vale fidusca...)
Arte, a direita, by Vera Very; arte, a direita,  by Peichun Chang (Taiwan) 


- Dos treinos no campinho com as bolas de "capotão"  da Casa Walter. 
- Saudade do jogo do bafo com as Balas Zequinha. Tinha Zequinha Médico, Zequinha Radialista, Zequinha Motorista, Zequinha Papai Noel (Esta era uma figurinha difícil, quase não saía. Só os mais afortunados conseguiam). Tinha até Zequinha Ladrão (e como tinha...). As figurinhas embrulhavam aquelas balas ruins, que ninguém chupava,  mas que divertiram muito a piazada. No jogo do bafo era proibido cuspir na mão... O ciclo se repetia a cada ano.
Foto Curitiba atual by Chrys Rizzo; foto, a direita, by Pamela Omns


- Dos balões de São João que iluminavam as noites frias da Curitiba dos meus tempos de guri. Era Balão Caixa, Balão Mimosa, Balão Cruz. De todos os tamanhos e de todas as formas. Tinha uns grandes, tão grandes que até os bombeiros vinham ajudar na hora de acender a tocha. Os soldados vinham, erguiam a escada, seguravam a copa, o baloeiro acendia a tocha, o fogo ardia e o balão subia, espargindo parafina incandescente sobre a Curitiba dos meus tempos de guri. (nunca ouvi falar que um balão provocou um incêndio!).


Foto Curitiba atual by Chrys Rizzo; obra, a direita, by Givi Kolelishvili (Tlibisi -Georgia)

- Das raias (pipas, pandorgas...) que esvoaçam pelos campos da Galícia.
- Eram felizes os piás de Curitiba 
 
 Foto Curitiba atual by Áurea Regina; foto, a direita, by Pamela Omns

- Espremidos nas calças curtas os piás levavam prá escola um punhado de bolachas Duchen e meia garrafa de Capilé. Às vezes, Crush ou Mirinda. Quando não, um suco de uva Grapete. Ou gasosa de framboesa da Cini. Prá variar, Minuano. Tinha uns que levavam Bidu-Cola ou Guaraná Caçulinha, com bolacha Maria. 

 
 Foto Curitiba atual by Chrys Rizzo; arte, a direita,  by Peichun Chang (Taiwan)

- Aos domingos, faceiros, no terninho de marinheiro da Maison Blanche, iam à matinada do Cine Ópera para ver Tom e Jerry. 

 Foto Curitiba atual by Áurea Regina; foto, a direita, by Chrys Rizzo

- As meninas, gabolas, enfeitadas em suas saias godê, da Joclena, e blusinhas da Mazer, uma loja infantil ao lado da Gomel, na “Rua dos Turcos”.

Foto, a direita, from Socrat al Faylasouf

- A Maison Blanche era de meninos. A Joclena e a Mazer, de meninas.
Foto Curitiba atual by Áurea Regina; obra, a direita, by Jacect Yerka

- Piá nenhum admitia vestir o tal de “brim coringa não encolhe”, aquele tecido azulão grosso, especialmente para macacão de mecânico, que hoje chamam de Jeans. As meninas vestiam tafetá ou veludo. Os meninos, terninhos de casimira. Quando muito, camisa volta ao mundo e calça de tergal. 

Foto Curitiba atual by Chrys Rizzo; obra, a direita, by Jacect Yerka

- Piás felizes chutando bola, descalços, sobre as rosetas dos campinhos por todos os lados. (Tínhamos que tirar os sapatos para não gastar, senão a bronca vinha certa). 

Obra, a direita, by Jacect Yerka

- Esse tempo de guri acabou, assim como acabou  a Modelar, a Casa Rosa, a Casa Vermelha, a Casa Sade.

Obra, a direita, by Jacect Yerka

- Não tem mais a Casa da Sogra do Aron Ceranko, presidente do Ferroviário (que também não existe mais). Não tem mais a Casa da Pechincha. Desapareceu o Louvre do Calluf, assim como nos deixaram os fraternos irmãos Munir e Padre Emir.


Obra, a direita, by Jacqueline Collard

- Não tem mais a Casa das Meias do telefone 66-6666, nem o 444 da Barão. E a Casa Edith, acredite, ainda tem, mas os chapéus Prada não vende mais. E a Três Coelhos, em que cartola se meteu? Não tem mais Móveis Cimo. 
- Já não se ouve mais o apito da Fábrica Lucinda.
 
Obra, a direita, by Jacect Yerka

- Mudou a Casa Feres, “pequena por fora e grande por dentro”. 
- As Casas Lorusso, “suba que o preço desce”, também desapareceram. 
- Fechou a Casa Dico, a Joalheria Pérola, do Kaminski, a Importadora Americana, do Marcos Salomão Axelrud, que vendia o Simca Chambord e o Simca Rally. 
- Desapareceram o Frischmann´s Magazine, assim como o Chocolate Basgal, a perfumaria dos importados , A Colonial dos irmãos Maia  da Tiradentes. 
- Não tem mais a Tarobá, do Pedro Stier, em cujas vitrines o pioneiro Nagib Chede exibiu o primeiro programa de TV, no Estado do Paraná, projetado diretamente do último andar do Edifício Tijucas. E o povo encantado via o Jamur em preto e branco, contando as notícias do dia.
  
Obra, a direita, by Jacect Yerka

- Não tem mais o Cine Curitiba onde os piás trocavam Gibis do Capitão Marvel, pelos X-9 do Monte Hale. 
- Cadê o Cine América, do Palácio, do Broodway, do Avenida, do Ribalta, do Oásis, do Rívoli, do Vitória, do Marabá, do Luz, do Arlequim, do Ritz. Até os filmes do Morguenau e do Guarani chegaram ao fim. 
- Acabaram as matinés do domingo a tarde (depois de enxugar toda a louça do almoço de domingo para a mãe). 
Se você "aprontava" durante a semana lá se ia a matinê de domingo. Era ficar na janela vendo os amigos irem, com um monte de gibis em baixo do braço. 
Lembram que quando o "mocinho" beijava a mocinha todo mundo fazia barulho com os pés no assoalho de madeira do cinema?

Obra, a direita, by Phil Lewis (Wynnum, Queensland, Australia)

- Não tem mais o bar Pólo Norte, no fim do trilho do bonde da Colônia Argelina. 
- E o Lá no Lhum, da Barão?
- E a Charutaria Liberty, na esquina da XV com Monsenhor Celso, para onde se mudou? 
- O Hermes Macedo, “Do Rio Grande ao Grande Rio”, que rumo tomou? 
- E o Prosdócimo, onde mamãe comprou a minha primeira Ralleig. (Era uma bicicleta preta, com frisos dourados e raios niquelados, importada. Inglesa. Quanto luxo. Sentia-me um Fittipaldi na boleia da sua Lotus). 
- E o Sérgio Prosdócimo, hoje, nem sabe disso. Ele também era um piá, nos meus tempos de guri 
- Não vejo mais as Óticas Curitiba, dos Irmãos Barbosa. 
- Onde foi parar a Casa Nickel, que vendia Chevrolet? 
- Desapareceram as Casa Londres e a Ottoni. O Lord Magazine, onde os almofadinhas compravam seus esporte-fino exibidos nos chás-dançantes de Medicina e Engenharia. 
- A Slopper também acabou. Mesmo fim levaram Calçados Clark, Lojas Ika e Pugsley. 
- Acabou-se o Café Alvorada do Senadinho. (onde um amigo meu ao mexer com a garçonete recebeu um bule cheio de café na cara).
- Fechou o Ouro Verde, onde nasceu a Boca Maldita. Nem Café Marumby, nem Café Piraquara tem mais. 
- Apagou-se o neon da Caixa Econômica, na Praça Osório, com as moedinhas correndo e caindo no cofrinho? 
- E a farmácia Minerva, antiga, que vendia Zig e Mercúrio-Cromo e também Pasta Kolynos, Creme Dental Eucalol e Sabonete Lifebuoy. (Será que ainda existe o Talco Ross)? E o Rum Creosotado? E Auricedina? E a Pomada Minâncora?  E o Vinho Reconstituinte Silva Araújo? E o Regulador Xavier: “número um excesso; número dois, escassez”. (!). E Antissardina. E o Creme Rugol. E as Pílulas de Vida do Doutor Ross, “fazem bem ao fígado de todos nós”. 
- Nem a Stellfeld, do relógio de sol sobrou, com suas prateleiras repletas de Cibalena, Varamon e Cafiaspirina, Glostora e Gumex. Só o relógio de sol resistiu, como se a testemunhar os meus tempos de guri. 


- No Edifício Azulai ficava a Musical, onde comprei uma radiola marfim, para ouvir de Nat King Cole cantando “Catito”, nos long play da Chantecler. Ali também ficava a loja de calçados Pisar Firme. 
Fechou o Banco de Curitiba, quebrou o Banestado. E o Bamerindus? Ave, Avelino. 
É verdade, o tempo passa, o tempo voa…
  
Foto, a direita, by Chrys Rizzo

- Cadê o Colégio Partenon, o Iguaçu (pagou, passou!) da Praça Rui Barbosa?. E a Escola de Comércio De Plácido e Silva, cuja diretora Juril Carnascialli encantava os seus alunos pela sua fineza de trato e cultura herdada do iluminado Josef de Plácido e Silva. Muito obrigado Juril. 
- E o Colégio Cajuru. Por onde andarão as suas alunas, tão bonitas e invejadas? 
- E as meninas do Sion com suas saias cor de vinho? 
- E as normalistas do Instituto de Educação por onde andarão? 

Foto Curitiba atual by Áurea Regina

- Acabaram-se as empadinhas da Cometa, os queijos da Casa da Manteiga do amigo Guido, hoje Meritíssimo Desembargador. 
- A coalhada da Schaffer, o Toddy da Leiteria Viana, e o pão sovado da Berberi, em que forno se enfornou? 
- E a pastelaria Ton Jan, da Marechal. Tinha pastel de carne e de palmito. E também o especial, com ovo e azeitona 
Fechou a Churrascaria Bambu a Tupâ? Até a Caça e Pesca fechou. 
- Não tem mais o açougue Garmatter e nem o Francês. 
- E o piá de pedra fazendo xixi na frente do Posto Garoto, cresceu?
  
Fotos Curitiba atual by Áurea Regina

- Acabou-se o Rabo-de-Galo do Bar Americano e não tem mais a Carne de Onça do Buraco do Tatu. Nem o filé completo da Tingui. Nem a dobradinha do Restaurante Rio Branco. Do pastelzinho do Pasquale, nas manhãs dos sábados no Passeio Público, restou a saudade. 
- O Locanda Suíça desapareceu. Até o Gruta Azul sumiu.
  
Fotos Curitiba atual by Chris Rizzo; Áurea Regina Chrys Rizzo

- O Jatão, em Santa Felicidade, travou a turbina e caiu. Desmoronou. 
- Nem a Maria do Cavaquinho, nem a Gilda, nem o Esmaga ou o Osvaldinho perambulam pelas portas da Velha Adega, na Cruz Machado, ou pela frente da Gogó da Ema na Comendador. Por ali onde andava o Saca-Rolha, nas tardes de sol, com o seu guarda chuva sempre fechado. 
- O Bataclã não desfila mais com o seu terno branco e cravo vermelho na lapela, pela frente do Fontana Di Trevi ou da Guairacá, na João Pessoa que virou Luiz Xavier.
  
Foto Curitiba atual e flor by Chrys Rizzo; obra, adireita, by Aaron B Thorton (Redondo Beach, CA)

- Fechou a Curitiba onde nasci. Só não fechou este meu tempo de guri 
- Não tem mais Leminski. Nem Kolody.  
Dele, resta o lamento:

“Esta vida é uma viagem; pena eu estar só de passagem”.  

Dela, um alento: 
       “Para quem viaja ao encontro do sol é sempre madrugada”.   

De mim, o consolo:
      “Saudade! és a ressonância De uma cantiga sentida, Que, embalando a nossa infância, Nos segue por toda a vida”.





Curitiba querida, que bom que eu te vivi, desde guri!




No Blog do Teo - jcteo
No blog do Teo - jcteo ...
Qualquer ser se sente no céu!
Existem emocionantes viagens...
...Nas mais espetaculares paisagens!

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Existe uma linda arara azul,
Que voa em seu ombro de Norte a Sul!

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Com estrelas cheias de doçura!

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Luciana do Rocio Mallon
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Beatificação do Papa João Paulo II


A comunidade polonesa de Curitiba prestou homenagem a João Paulo II, beatificado no domingo 1º de maio de 2011 em Roma.

 

A celebração reuniu dezenas de pessoas no Bosque do Papa, que fizeram orações e entoaram cantos, entre ele "A Bênção, João de Deus", composto para a visita do papa ao Brasil. 

 
A homenagem contou com a participação de corais. Também foi apresentado um vídeo sobre a visita do papa a Curitiba, em 1980. 

  

Uma placa alusiva a beatificação de João Paulo II foi colocada na capela visitada por ele.

 

Karol Wojtyla foi o primeiro pontífice que não havia nascido na Itália. Ele morreu em 2005. 



Ao Papa João Paulo II – João de Deus
No dia 08 de julho de 1980, o Papa João Paulo II em visita a Curitiba rogou por nós nesta casa.
Agora, dia 1º. De maio de 2011, dia da misericórdia divina foi beatificado e estará intercedendo por toda a humanidade.
Foi um exemplo para o mundo, um expoente cristão para toda a família humana.
A sua solicitude sempre voltou-se para onde quer que houvesse sofrimento e urgência de solidariedade
Clamava continuamente pela paz e pelo respeito à dignidade da pessoa humana.
Um de seus maiores sofrimentos era ver que apesar das terríveis experiências já vividas pela humanidade com as guerras, a voz do dialogo, ainda era sufocada pelas armas.
A sua vida foi um constante testemunho.
Na celebração do grande jubileu do terceiro milênio do nascimento de cristo, conclamou os cristãos e todos os povos a reconciliação e a dar-se o perdão.
Gloria a Deus nas alturas e Paz na Terra aos homens de boa vontade.
Luciano Ducci
Prefeito de Curitiba
Rizio Wachowicz
Presidente da BRASPOL do Brasil
Pe. Zdzislaw Malczewski
Reitor da Missão Católica Polonesa no Brasil
Curitiba, 30 de abril de 2011

 
Do you want know more about Curitiba? 

  
Se Curitiba fosse o mundo...
O sonho seria profundo!
Toda salsicha seria vina...
No cachorro frio da esquina!

A Loira-Fantasma seria a Lady Gaga...
Toda de preto, vestida de maga...
Dentro de um táxi alaranjado...
Assombrando quem está ao lado!

Se Curitiba fosse o mundo...
Até o mendigo vagabundo...
Vestiria uma roupa bonita...
Apesar de muito fedida!

Ninguém precisaria cumprimentar as pessoas na rua...
Porém a vaga do ESTAR nunca seria sua!
Se Curitiba fosse o mundo...
O ambiente não seria imundo...

Pois aqui tem a campanha do lixo que não é lixo...
Porque paranaense não é qualquer bicho!
Os sertanejos Bernarmino e Gabriela,
Que formam uma dupla caipira muito bela,

Seriam os The Carpenters com som...
Sem saírem do excelente tom!
O Chik Jeitoso seria o Mago Merlim...
Com sua magia sem fim!

O programa Casos e Causos inspiraria um filme de terror...
Do escritor Stephen King com louvor e primor!
Se Curitiba fosse o mundo...
Todo o lago seria fundo...

O Fantasma da Ópera moraria nos subterrâneos das Mercês...
Assim o mistério moraria em Curitiba de vez.
Luciana do Rocio Mallon  
 
 
 
 
 
 
  
Foto by Elaine Skowronski
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Curitiba - Mulher
Curitiba é uma princesa ...
Bonita por natureza ...
Mas , com a alma poluída ,
Maliciosa e atrevida !

A cabeça de Curitiba tão lúcida ...
Fica na Biblioteca Pública !
Suas sobrancelhas são os arcos de Santa Felicidade ...
Esta é uma surpreendente verdade !

Seus olhos são os lagos do Parque Iguaçu ,
Que brilham de norte à sul !
Seu nariz é o Jardim Botânico cheio de flores ,
Que inspiram paixões e amores !

Sua boca é a Boca Maldita ...
Avermelhada e bonita !
Seu pescoço é a Rua das Flores ...
Entre as esperanças e as dores !

Seus ouvidos são os teatros do Canal da Música ,
Que abrigam os artistas de uma forma lúcida !
Seu pescoço é a Praça Osório ...
Com a sua feira que vira empório !

Seus braços perfumados com patchuli ...
São os lagos do Parque Barigüi !
Seus seios são os lagos do Parque Bacacheri ,
Que alegram um lindo colibri !

Seu umbigo é um real tesouro ...
Pois , ele é o bebedouro ...
Do famoso largo da Ordem ...
Onde a boêmia e a poesia não dormem !

Sua perna direta é a Avenida das Torres ...
Ente a favela e as flores !
Sua perna esquerda é a Avenida João Leopoldo Jacomel ,
Que tem um sabor sagrado de mel !

Seu pé direito forma a Rodovia das Praias ,
Onde todas as fadas são lacaias ...

Do prazer e da loucura ...
Num motel cheio de ternura !
Seu pé esquerdo é a Rodovia dos Minérios ,
Repleta de sonhos e mistérios !

Curitiba é uma princesa ...
Bonita por natureza ...
Mas , com a alma poluída ,
Maliciosa e atrevida .

Luciana do Rocio Mallon .

Video:
When you come to Curitiba:

Um comentário:

  1. Teo, você sintetizou maravilhosamente a nossa Curitiba, que um dia vivemos, mão li nada, que eu não soubesse e tivesse vivido! Só que ao longo do tempo essas lembranças vão sendo, não digo apagadas, mas sim adormecidas em nossa mente, e seu relato avivou tudo o que eu vivi!Muito Obrigado!

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